Os professores da rede estadual decidiram em assembleia nesta sexta-feira (27) manter a greve da categoria que começou na segunda-feira (16).
Após votarem pela continuidade do movimento, os professores seguiram em caminhada desde o Masp até a Praça da República, no Centro.
Os grevistas dizem que 60 mil participam do ato. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 16h20, dois mil manifestantes estavam na Avenida Paulista.
Os grevistas dizem que 60 mil participam do ato. De acordo com a Polícia Militar, por volta das 16h20, dois mil manifestantes estavam na Avenida Paulista.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) quer reajuste de 75,33%. O governo diz que deu aumentos acumulados de 45% nos últimos quatro anos. A Secretaria de Estado da Educação (SES) diz que vai concender 10,5% de reajuste para professores bem posicionados em uma prova.
Os grevistas afirmam que o governo ainda não abriu negociações salariais, apesar de quatro pedidos de audiência. Além disso, o sindicato alega que os 10,5% de aumento só vai valer para apenas 10 mil professores que se saíram bem na prova, ignorando outros 220 mil profissionais da rede.
Abrangência da greve
A Secretaria de Estado da Educação (SES) diz que a adesão ao movimento é de 2,5%. O sindicato diz que verificou que 59% da categoria aderiu à greve. Em meio à divergência entre governo e sindicato sobre o alcance da greve, e se há ou não greve, jornalistas do G1 visitaram na manhã de quinta 19 escolas da capital. O resultado: 2 estavam sem aula, 12 eram parcialmente afetadas e 5 tinham aulas normais.
A Secretaria de Estado da Educação (SES) diz que a adesão ao movimento é de 2,5%. O sindicato diz que verificou que 59% da categoria aderiu à greve. Em meio à divergência entre governo e sindicato sobre o alcance da greve, e se há ou não greve, jornalistas do G1 visitaram na manhã de quinta 19 escolas da capital. O resultado: 2 estavam sem aula, 12 eram parcialmente afetadas e 5 tinham aulas normais.
Os professores afirmam que ainda não conseguiu abrir negociações com o governo estadual. Entre as reivindicações, os professores cobram aumento de 75,33% para equiparação salarial com as demais categorias com formação de nível superior, com o objetivo de alcançar o piso do Departamento Intersindical de Estatística para Estudos Socioeconômicos (DIEESE), com jornada de 20 horas semanais de trabalho. Os professores protestam ainda contra fechamento de classes e contra salas superlotadas.
O governo defende que houve valorização da categoria. "Nos últimos quatro anos houve um aumento acumulativo de 45% o que elevou o piso salarial paulista ao patamar 26% maior do que o nacional. Os professores ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira", apontou a secretaria em nota.
O governo defende que houve valorização da categoria. "Nos últimos quatro anos houve um aumento acumulativo de 45% o que elevou o piso salarial paulista ao patamar 26% maior do que o nacional. Os professores ainda podem conquistar o reajuste salarial de 10,5% por meio da valorização pelo mérito ou por prática pedagógica e de 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira", apontou a secretaria em nota.
Ainda de acordo com a pasta, "mensalmente são R$ 700 milhões empenhados nos salários dos professores, uma média de R$ 8 bilhões anualmente".
Apeosp contesta política de reajuste
A presidente da Apeosp, Maria Izabel Azevedo Noronha, afirma que os 45% acumulados nos últimos quatro anos (2011 – 13,8%, 2012 – 10,2 %, 2013 – 8% e 2014 – 7%) não representa recomposição das perdas salariais. "Uma parte foi incorporação de gratificações. E outra parte foi 20% de dinheiro novo na categoria. Não sei que conta o governador está fazendo", afirma a presidente da Apeosp.
"Eu tenho que discutir com ele não o que foi, mas o que vai ser. Porque está apontado para nós 0% de reajuste. Eu quero saber do governador quanto é que ele oferece", disse.
Maria Izabel relativiza a informação da Secretaria de que o reajuste de 45% acumulado em quatro anos faz com que o salário dos professores paulistas seja 26% maior que o piso nacional.
"Quando o piso salarial profissional nacional foi instituído (em lei federal de 2008), a diferença entre o piso e o nosso salário era de 59%", explicou. "Do jeito que ele [Alckmin] entende carreira, que é só por promoção de mérito, isso não está ocorrendo."
"Quando o piso salarial profissional nacional foi instituído (em lei federal de 2008), a diferença entre o piso e o nosso salário era de 59%", explicou. "Do jeito que ele [Alckmin] entende carreira, que é só por promoção de mérito, isso não está ocorrendo."
A presidente da Apeosp também rebate a afirmação de aumento de 10,5% por conta de mérito e 5% por evolução na carreira.
"Aumento de 10,5% foi só pra 10 mil, mas 19 mil passaram na prova. De acordo com um critério que a gente não sabe, só 10 mil receberam 10,5%. Na rede, nós temos 230 mil. O que vão fazer os 220 mil que ficaram sem reajuste nenhum?", afirma Maria Izabel.
"Aumento de 10,5% foi só pra 10 mil, mas 19 mil passaram na prova. De acordo com um critério que a gente não sabe, só 10 mil receberam 10,5%. Na rede, nós temos 230 mil. O que vão fazer os 220 mil que ficaram sem reajuste nenhum?", afirma Maria Izabel.
Sobre os 5% por meio de qualificações adquiridas durante a carreira, ela diz que elas dependem do tempo de serviço e não chegam a "2%, 3% por ano".
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